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Pelagens Coloridas das Criaturas

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traduzido por Rodrigo Gomes & revisado por Danielle Virgínia Félix

Animais exibem uma vasta variedade de cores dos pêlos. Estas cores resultam do pigmento chamado melanina. Há dois tipos de melanina: um que resulta em uma cor amarela para vermelha (feomelanina) e outra que resulta em uma cor marrom para preta (eumalanina). A maioria dos animais pode produzir ambas pigmentações, e um número de genes diferentes (instruções encontradas no DNA) regulam as quantidades relativas destas duas formas de melanina e suas distribuições.

cheetah coat
kudu coat
tiger coat
Hyeana coat
springbuck and nyala coats
giraffe coat
Hippo coat
dog eyes
Zebra coat

Algumas vezes, os genes podem ser modificados por um processo conhecido como mutação. Uma mutação é, basicamente, um erro na cópia de um gene e resulta em um novo alelo (forma variante do gene). Como isso afeta o animal, depende de onde a mutação ocorre. Mutações que ocorrem em um gene específico têm efeitos interessantes na coloração dos pêlos do animal.1 Esse gene codifica uma proteína que trabalha como um interruptor.2 Normalmente, um hormônio3 “liga” para produzir mais da eumelanina mais escura, enquanto outra proteína4 “desliga”, assim mais feomelanina é produzida.

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Um tipo de mutação bagunça todo o interruptor. Neste caso, o animal não pode produzir eumelanina, mesmo quando está assinalado para assim fazer. A cor amarela para vermelho dos Golden Retrievers, Labradores Amarelos e Setters Irlandeses resulta de tal mutação.5 Uma mutação diferente com efeito similar causa a cor castanha em cavalos. Muitos outros animais têm este tipo de mutação também. Estas são chamadas mutações de perda de função porque os animais perdem a habilidade de produzir eumelanina. Essas mutações são usualmente recessivas, significando que se o outro par dos alelos é do tipo normal, o alelo mutante não tem efeito algum, ele está escondido. Isso significa que animais com pelagem de cores claras devem ter um par de genes composto por dois alelos mutantes, cada um herdado de cada progenitor. Se um dos alelos está na forma normal, a coloração será normal, não clara.

Um segundo tipo de mutação neste mesmo gene resulta em produção de pigmentação cujo interruptor está sempre ligado. Neste caso, a produção de eumelanina é contínua, independentemente dos sinais que são recebidos. Este tipo de mutação é encontrada em gado, ovelhas, camundongos e galinhas.6 Algumas vezes tal mutação é chamada mutação “ganho de função” 7 porque o animal produz mais eumelanina do que produziria normalmente, resultando numa coloração muito escura/preta. Entretanto, este termo é enganoso porque o animal perdeu sua habilidade de controlar a produção de eumelanina. Estas mutações são tipicamente “dominantes”; apenas um alelo mutante é necessário para o animal ser afetado.

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Já que esse gene afeta somente a cor de um animal, mutações nele são bem toleradas,8 significando que não afeta a habilidade do animal para sobreviver. Portanto, não é surpresa saber que dúzias de diferentes alelos foram encontrados para este gene.9 Estas mutações são todas mudanças decadentes, onde um caminho complexo foi prejudicado. Nenhum é exemplo de mudanças em andamento ou ascendentes que os evolucionistas imaginam que ocorreram ao longo da história. O que nós vemos encaixa-se na história Bíblica onde um Criador todo sábio fez tudo muito bom (Gênesis 1 & 2), e estas mudanças decadentes nos bem planejados caminhos bioquímicos das coisas vivas começaram após a espécie humana ter se rebelado contra Deus (Gênesis 3).

Enquanto as mutações discutidas aqui podem ser bem toleradas, milhares de outras resultam em doença. Elas nos lembram da queda da criação, onde tudo está agora ‘na escravidão da corrupção’ (Romanos 8:19-23). Mas Jesus, o Filho de Deus, veio ‘reconciliar consigo mesmo todas as coisas, seja na terra ou no céu’ (Colossenses 1:20), assim todos que estão ‘em Cristo’ (Romanos 8:1) pode olhar para frente para novos céus e terra, onde não haverá mais doenças, sofrimento e morte (Apocalipse 21:4), porque a maldição será removida (Apocalipse 22:3).

Referências e notas

  1. Isso é referido como a extensão (E) locus. Retornar ao texto.
  2. Especificamente, esta proteína é a receptora de melanocortina 1 que é encontrada na membrana de células que produzem pigmento (melanócitos) Retornar ao texto.
  3. I.e. Hormônio estimulante de melanócito (sigla MSH em inglês). Um hormônio é uma substância feita por um tipo de célula que afeta outras células em uma parte diferente do corpo. Retornar ao texto.
  4. I.e. a proteína aguti, codificada na localização do aguti (A). Retornar ao texto.
  5. Newton, J.M., Wilkie, A.L., He, L., Jordan, S.A., Metallinos, D.L., Holmes, N.G., Jackson, I.J., Barsh, G.S., Melanocortina 1 – variação de receptor no cão doméstico, Mamm. Genome 11(1):24–30, 2000. Retornar ao texto.
  6. Klungland, H. and Våge, D.I., Genética molecular de pigmentação em animais domésticos, Curr. Genomics 1(3):223–242, 2000. Retornar ao texto.
  7. Vassart, G., Mutações do receptor TSH e doenças, thyroidmanager.org. Retornar ao texto.
  8. Em humanos, mutações de perda de função neste gene estão associadas com cabelo ruivo, pele pálida, inabilidade em bronzear-se bem ante a exposição ao sol, e um aumento do risco de câncer de pele. Rees, J.L., The genetics of sun sensitivity in humans (A genética da sensibilidade ao sol em humanos), Am. J. Hum. Genet. 75(5):739–751, 2004. Retornar ao texto.
  9. Se uma mutação causa morte prematura em um animal, não é provável que o animal tenha cria e passe a mutação adiante. Quando uma mutação não causa problemas significantes, ela pode persistir em uma população. Com cor de pelagem, criadores de animais selecionam algumas dessas mutações porque as pessoas gostam das cores. Retornar ao texto.

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