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Gênesis: A Peça Faltante do Quebra-Cabeça

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por
traduzido por Rodrigo Gomes Toni

Publicado em 6 de Janeiro de 2009 (GMT+10)

A maioria dos líderes da igreja concordaria que o mundo ocidental está se tornando 'menos Cristão' a cada ano.

Cosmovisões

Nações outrora erigidas sobre fundamentos bíblicos estão assistindo o colapso dos valores piedosos em nossa cultura e cristãos parecem incapazes de parar esse processo. Cosmovisões alternativas como ateísmo, humanismo, comunismo, new age (nova era), e o ocultismo estão sendo vigorosamente promovidos na educação, na mídia e até de forma personalizada (estilo "mano-a-mano") para crianças e também para adultos.

Com tantas áreas para a igreja lidar, nós precisamos nos perguntar: Como nós fazemos a diferença? Onde nós focamos nossos esforços? Isso aconteceu por acaso ou há uma questão mais profunda? Líderes da igreja estão ocupados com programas, aconselhamento e afins, mas ainda parece que alguma coisa foi perdida. É como um quebra-cabeça gigante, e a igreja parece não conseguir encontrar a 'peça faltante'.

Quando as coisas estão desmoronando ao nosso redor, precisamos voltar ao básico. Sem um fundamento sólido, uma estrutura eventualmente irá ruir e entrar em colapso. O Salmo 11:3 diz: 'Se as fundações forem destruídas, o que poderá o justo fazer?' Este versículo deveria nos fazer examinar nossas fundações, as quais podem nos conduzir a uma melhor compreensão do porquê nós enfrentamos os problemas que enfrentamos.

Cosmovisão Ateísta

Mas antes de darmos uma olhada em nossas fundações, vamos olhar o pólo oposto da cosmovisão cristã - o ateísmo. A-teísmo, por definição, declara fundamentalmente que 'não há Deus'. Todas as cosmovisões fornecem respostas para grandes perguntas da vida como 'De onde viemos?'. Como os ateus explicam nossas origens sem Deus? A resposta deles é evolução. Isso lhes dá uma explicação para nossa existência sem Deus - naturalisticamente. Dito de forma resumida, a grande teoria da evolução abraça o seguinte:

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Evolução Cósmica

Há bilhões de anos atrás, tempo, matéria e energia vieram à existência como resultado do ‘big bang’. Ao longo de bilhões de anos as galáxias, estrelas e planetas formaram-se - todas por si mesmas.

Evolução Geológica

A terra começou como uma esfera quente e derretida, eventualmente resfriando o suficiente para a água condensar e encher os oceanos.

Evolução Química

Após algum tempo a primeira forma auto-replicante de vida gerou-se espontaneamente de matéria química inorgânica.

Evolução Biológica

Este organismo simples se tornou mais complexo ao longo de milhões de anos via mutação genética e seleção natural, produzindo, em última análise, todas as formas de vida que já existiram e existem em nosso planeta.

Evolução Humana

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Eventualmente criaturas do tipo símeos (ou primatas) desenvolveram funções cerebrais mais altas e os humanos evoluíram, formando sociedades e culturas que desenvolveram leis, religiões e instituições como casamento. Os evolucionistas apontam que a coluna geológica e os fósseis nela contidos como 'prova científica' desses processos.

Perda de Calor (Ou "morte" do Calor)

Por causa do universo inteiro estar sujeito as leis da entropia, o futuro derradeiro é 'a morte do calor', onde não haverá mais energia disponível. Nenhuma vida existirá, e talvez tudo colapsará e começará novamente tudo de novo.

Sem esperança final

A cosmovisão ateísta, baseada nessa suposta história, diz que nós tivemos um início acidental; nós nos desenvolvemos através de processos aleatórios e que não há esperança final para o futuro. Ela diz que não há absolutos, não há base para moralidade ou ética fora do que cada pessoa decidir por si mesma o que é certo.

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Ateísmo vs. Teísmo é, algumas vezes, representado erroneamente como 'ciência' vs 'fé'. Isso é inverídico porque a evolução é uma cosmovisão que também é baseada na fé. Na verdade, evolucionistas e criacionistas têm exatamente os mesmos fatos científicos para examinar. Não há observação científica sobre a qual um criacionista discordaria de um evolucionista. Os criacionistas discordam das conclusões dos evolucionistas porque nós não concordamos com seus pressupostos iniciais.

A real diferença é o que cada grupo crê da história do mundo, pela fé. Por que pela fé? Porque não podemos viajar de volta no tempo e ver a primeira forma de vida evoluir ou observar Deus criar o universo. Então nosso entendimento do que aconteceu no passado é, em última análise, aceito pela fé. Nós podemos usar métodos científicos para observar a evidência no presente, e então fazer uma avaliação de qual história é melhor apoiada por essa evidência.

A chave do Quebra-Cabeça: Cristo morreu por nossos pecados

Muitos cristãos acreditam que a questão criação/evolução é uma questão secundária, uma área inútil para se focar. Para muitos essa questão parece divisora, e tem pouca relação com proclamar o Evangelho.

Para descobrir se essa é uma questão secundária ou não, vamos nos dirigir para o ensino crucial de virtualmente todas as igrejas evangélicas. Quase todo cristão concordaria que a peça fundamental da cosmovisão cristã é nosso Salvador, Jesus Cristo. A Bíblia diz que Jesus se tornou o ‘último Adão’, morreu em uma cruz pelos pecados do mundo e pagou a penalidade que nós merecemos, para que no dia do julgamento nós não soframos eterna separação de Deus no inferno.

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Nascimento Virginal

Tradições como o Natal surgiram do evento do nascimento de Jesus, predito no Antigo Testamento. Cristo ‘nasceu de uma virgem’, o Filho de Deus sem pecado, perfeito de todas as maneiras a fim de que Ele fosse apto para carregar os pecados do mundo como o único sacrifício aceitável.

Ressurreição

O Domingo de Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus, a demonstração de Sua vitória sobre o pecado e a morte. Jesus reconheceu a ligação entre esses eventos ‘terrenos’, que ocuparam lugar real no tempo e espaço, com relação a verdades espirituais quando Ele falou a Nicodemus sobre nascer de novo. Jesus diz: ‘E vos tenho falado sobre coisas terrenos e vós não crêem; como então crereis vós se vos falar das coisas celestiais?’ (João 3:12). A Bíblia deixa claro que se esses eventos não ocorreram realmente nós ainda estamos perdidos em nosso pecados, nossa fé é vã, e nós somos os mais miseráveis entre os homens.

Mas por que a crucificação foi necessária? Por que Jesus teve que sofrer tão horrível morte? Para entender isso, nós devemos retornar aos fundamentos de nossa fé, enraizada no Antigo Testamento. Jesus reconheceu a autoridade do A.T. cada vez que ele dissera 'Está escrito…' ou 'Vocês não leram…'.

O livro de Gênesis nos dá um entendimento claro da razão pela qual Jesus veio. Foi para remediar o problema causado pelo cabeça da raça humana, o primeiro Adão.

Criação

A Bíblia descreve a criação de Deus de um mundo perfeito, um paraíso onde tudo era 'muito bom'. Gênesis 1:29 diz que o homem e os animais comiam plantas (não havia carnívoros) e portanto não havia derramamento de sangue. Não havia pecado, corrupção ou morte.

A Queda

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Deus deu a Adão um mandamento de que ele não deveria comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, e lhe disse que a morte seria a conseqüência de não seguir tal mandamento. Infelizmente, Adão escolheu exercitar seu livre arbítrio em clara rebelião contra Deus.

Como resultado, Deus amaldiçoou a terra, e o sofrimento e a morte entraram no mundo. Por causa que Adão era o cabeça da raça humana, sua natureza pecaminosa foi passado a todos seus descendentes. Romanos 5:12 diz, 'Portanto, assim como por um homem o pecado entrou no mundo, e morte veio pelo pecado, e então a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram…'.

A espécie humana está agora separada de Deus, não apenas apta para morrer fisicamente, mas espiritualmente também.

Julgamento

Em Gênesis 6 nós lemos como Deus julgou o mundo ímpio em um dilúvio global onde '… e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos' (Gênesis 7:19). Este julgamento foi enviado especificamente para destruir tudo que era vivo sobre a terra, exceto o justo Noé, sua família e todos os espécimes representantes dos animais terrestres a bordo da grande Arca. Isso (o dilúvio) é uma perfeita explicação de causa e efeito do registro fóssil, os bilhões de coisas mortas enterrados em rocha sedimentar por toda a terra.

Este paralelo com o julgamento vindouro é falado em 2 Pedro 3:6-7: 'Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio, mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios'.

A Lei

Após o dilúvio, Deus estabeleceu a Lei através de Moisés, o qual ensinou o que é certo e errado, e estabeleceu doutrinas sociais. Mais importantemente, ela - a Lei - demonstrou que a espécie humana jamais poderia alcançar o padrão de Deus, pois eis que "todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23). Paulo diz "… eu não teria conhecido o pecado senão pela lei…" (Romanos 7:7). O conhecimento do pecado e do julgamento leva as pessoas a buscar misericórdia diante da cruz de Cristo.

Restauração

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A bendita esperança da Bíblia é o tempo após o vindouro julgamento de Deus, quando Ele restaurará a terra a forma como ela era no princípio no que se refere ao pecado e a morte ‘… não haverá mais morte, ou luto, ou choro ou dor…’ (Apocalipse 21:4). Nós ganharemos corpos novos e incorruptíveis. O último inimigo, a morte, será destruída…

Conhecimento Basilar — Poder Transformador — Bendita Esperança

Perfeição, corrupção, julgamento, salvação e restauração. Essa é o "grande retrato" da história do mundo e da humanidade tal qual ela tem sido ensinada e aceita pela Igreja Cristã nos últimos oitocentos anos. Até cerca de 200 anos atrás no mundo ocidental, até a maioria dos não cristãos aceitava esta história. Então o que mudou? Isso tem alguma influência sobre a luta que a igreja está enfrentando?

Há cerca de 200 anos atrás o conceito de "milhões de anos" começou a ganhar popularidade quando certas pessoas reinterpretaram as rochas e os fósseis, não como resultado do dilúvio de Noé, mas como um registro de milhões de anos de história. A idéia de uma longa pré-história 'registrada' nas rochas pavimentou o caminho para a teoria da evolução de Darwin - seu proposto lento processo passo a passo precisando de eras de tempo, as quais a geologia de "longas eras" providenciou.

Hoje essa história de longas eras do mundo é promovida por virtualmente todos os centros educacionais públicos. Muitos cristãos adotaram porções dessa 'história' e tentam reconciliá-la com a Bíblia. Muitos imaginam se Deus poderia ter usado a evolução, ou se milhões de anos de processos evolucionários são compatíveis com o ensino da Escritura. Algumas pessoas acham que ciência e religião são duas áreas separadas de pensamento e que a Bíblia não tem lugar no mundo real. Muitos simplesmente acreditam que é uma questão secundária.

Cosmovisões Contrastantes

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Vamos dar uma olhada em apenas um aspecto da história evolucionária e ver como ela impacta a teologia cristã. Muitos cristãos que podem não acreditar na evolução dos animais e do homem per se ainda acreditam em milhões de anos de história da terra. Mas a idéia de milhões de anos vem de uma interpretação das camadas de rocha sedimentar em todo o mundo, as quais se presumem terem sido depositadas lentamente, e as quais contêm fósseis.

Onde você encaixa os 'Milhões de Anos'?

Virtualmente ninguém tentaria encaixar estes milhões de anos de história após o relato de Adão e Eva. Eles tentam encaixá-los (esses milhões de anos) na Bíblia antes de Adão e Eva aparecerem em cena. Mas se isso for verdade então devemos conciliar com o registro fóssil, o qual é um registro de morte! Paleontólogos descobriram até atividade de carnívoros, tumores cancerígenos e espinhos no registro fóssil.

Morte antes do Pecado

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Isso tem enormes implicações teológicas. Quando nós aceitamos a idéia de milhões de anos, estamos dizendo que existiram milhões de anos de morte, doença e derramamento de sangue antes de Adão pecar. Mas isso contradiz o ensino cristalino da Bíblia onde Deus declarou Sua criação completa 'muito boa' e onde a morte ocorreu por causa do evento de Adão pecando. Quando nós colocamos milhões de anos na Bíblia dessa forma, repentinamente porções da Escritura não fazem sentido algum: Romanos 6:23 ‘… pois o salário do pecado é a morte…’ se a morte ocorreu antes de Adão ter pecado, o que é o salário do pecado? Romanos 5:12 – ‘… por um homem o pecado entrou no mundo, e a morte pelo pecado…’ a morte não poderia ter entrado no mundo por causa do pecado de Adão se ela já estiva lá antes. Hebreus 9:22 – ‘… sem o derramamento de sangue não há perdão… ’ o que o derramamento de sangue teria a haver com o perdão do pecado se derramamento de sangue já houvera ocorrido por milhões de anos?

Isso afeta o Evangelho

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Isso diretamente afeta a mensagem do Evangelho porque Jesus foi enviado para pagar o débito que o pecado de Adão trouxe. Jesus morreu uma morte física, derramou Seu sangue, venceu o pecado e a morte e prometeu retornar novamente e restaurar o mundo tal como ele era 'no princípio'. Se milhões de anos de derramamento de sangue ocorreram antes do pecado do homem, o que Deus restaurará ao mundo no futuro?

Se o mundo tem realmente milhões de anos de idade então o relato da criação parece mais mitologia do que história, mas isso é inconsistente com o ensino de Jesus. Ele deu um endosso direto aos escritos de Moisés, e um aviso contra a descrença, em João 5:46-47 quando Ele disse 'Se vocês acreditassem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu sobre mim. Mas já que vocês não crêem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?'

A maioria dos não crentes hoje nega os escritos de Moisés, e assim rejeitam o ensino de Cristo. A Criação é pensada em termos evolucionários; o pecado é 'alguma coisa divertida', a lei não é mais 'certo e errado' mas qualquer coisa que você decidir. E a crença em um Dilúvio global é quase universalmente rejeitada.

Para os cristãos negar os escritos de Moisés, mas se agarrar aos ensinamentos de Jesus constitui um pensamento inconsistente. Infelizmente os ateus parecem entender essas inconsistências melhor que a maioria dos cristãos, e capitalizam sobre tais inconsistências quando tentam minar a cosmovisão cristã e promover a própria deles (dos ateus). Dê uma olhada na citação do ateu Richard Bozarth da revista American Atheist (Ateu Americano), edição de fevereiro de 1978: "Torna-se claro agora que toda a justificação da vida e morte de Jesus é baseada na existência de Adão e do fruto proibido que ele e Eva comeram. Sem o pecado original, quem precisa ser redimido? Sem a queda de Adão em uma vida de constante pecado encerrada pela morte, qual propósito há para o Cristianismo? Nenhum. O que tudo isso significa é que o Cristianismo não pode perder a narrativa da criação em Gênesis… O Cristianismo está lutando por sua própria vida."

Não é um assunto secundário

Longe de ser um assunto secundário, o debate criação/evolução está na linha de frente do ataque contra a cosmovisão cristã. O Creation Ministries Internacional (Criação Ministérios Internacionais) existe para ajudar pastores e líderes de igreja equiparem suas congregações nesta área vital das origens a partir de uma perspectiva de honrar a Deus e da "Bíblia primeiro".

A maioria dos cristãos têm indagações sobre a ciência e a Bíblia, e muitos lutam com sua fé por causa delas (ciência x Bíblia). Testemunhar pode ser difícil porque o mundo pergunta coisas difíceis nessas áreas e muitos cristãos sentem-se raquiticamente equipados para responder. Muitas vezes é difícil compartilhar o Evangelho de Jesus por causa de questões que surgem do livro de Moisés.

E os dinossauros? Onde Caim arrumou sua esposa? Como você sabe que há um Deus? E sobre a evolução? Noé pôde colocar todos os animais na Arca? O dilúvio foi global? E os métodos de datação?

Equipando a Igreja

Os palestrantes especialistas do CMI, muitos dos quais são cientistas com PhD, aceitam convites de igrejas para responder estas e muitas outras perguntas de uma maneira profissional e não confrontadora, e nunca a parte da autoridade da Escritura.

Eles podem mostrar a sua congregação muitos exemplos de como a ciência apóia o que a Bíblia diz em Gênesis. As apresentações são dinâmicas com gráficos de PowerPoint que prendem a atenção de todos, a partir dos pré-adolescentes.

A partir de testemunhos que nós temos recebido ao longo de 30 anos de ministério, um padrão foi desenvolvido. Após as reuniões, as pessoas ficam empolgadas com a palavra de Deus, enxergam que ela pode ser defendida de maneira lógica, e começam a testemunhar com mais audácia.

Se você está interessado em agendar com um de nossos palestrantes1 ou gostaria de mais informação, contate-nos ou nos envie um email events@creation.info

Referências

  1. As apresentações dos palestrantes do CMI demonstram que há respostas objetivas, diretas para as objeções comuns e dúvidas que as pessoas têm sobre o assunto criação/evolução, as quais são algumas das mais comuns objeções a fé em Cristo. Para informação complementar, veja abaixo de "Palestrando e ministério direto" na página O que nós fazemos. Retornar ao texto